As histórias que ficam
Quando 13 múmias egípcias de mais de 3 mil anos de idade foram descobertas no fim de 2019, os cientistas não se espantaram com as tatuagens que elas continham. Essa sempre foi uma prática comum na humanidade. Mas uma delas, com mais de 30 tatuagens, contou para eles uma história. Apesar de as mulheres daquela região e época terem sido consideradas impuras para frequentar templos sagrados, as marcas que ela manteve por tanto tempo comprovaram que ela uma sacerdotisa.
Assim como a moda, a arte da tatuagem conta a história de cada um. Muitas delas duram para contar histórias para gerações e gerações a fio. Os índios brasileiros ꟷ que, no geral, não mantinham a cultura da mumificação ꟷ foram tema de um capítulo à parte no livro de Claude Levi-Strauss “Tristes Trópicos”. O filósofo francês vasculhou a cultura indígena do Brasil enquanto morava aqui para lecionar na Universidade de São Paulo (USP).
A contação de história e afirmação pessoal por meio das tatuagens ficam. Cuidemos das nossas histórias.